Thrillers e assassinos hardcore
são certamente o tipo de livros que mais vendem actualmente em todo o mundo,
muito graças à saga Millennium de
Stieg Larsson, e o fenómeno vai continuar de boa saúde, ao que tudo indica.
Chelsea Cain, que descobri graças
a uma visita que fiz há uns tempos ao Cult - site de Chuck Palahniuk –, é uma
escritora norte-americana (n. Iowa, 1972) relativamente bem conhecida nestes
meandros de sangue e suspense no seu país e actualmente anda em digressão com
Chuck Palahniuk (Clube de Combate) e
Monica Drake (Clown Girl) a promover
a saga de romances com Archie Sheridan, o detective e figura principal da saga,
e Gretchen Lowell, a série killer sexy. Tudo começa quando Archie acorda zonzo,
preso, sem se conseguir mexer, numa cave fria onde impera um forte odor a carne
putrefacta; após se aperceber de que o pivete vem de um cadáver que jaz no chão
há dias, o detective descobre que desta vez é ele mesmo que se encontra na pele
do sequestrado.
Archie e a polícia andam há anos
a tentar descobrir o responsável pela morte de 199 pessoas, todas vítimas de
tortura, quando Gretchen, também ela membro das forças policiais e descrita
como uma mulher de uma beleza impar, cativante, se junta a ele para o ajudar. O
problema é que o psicopata é Gretchen, como Cain explica nas primeiras páginas,
a bela assassina que torturou Archie durante dez dias até a equipa de
investigação a deter, recebe um pedido de ajuda por parte da equipa de Archie
para ajudar a encontrar um novo assassino que tem andado a matar raparigas adolescentes.
Recordando o «quid pro quo» de
Clarice Starling e o Dr. Hannibal Lecter de O
Silêncio dos Inocentes, HeartSick (editado em Portugal pela Porto Editora,
com o título Beleza Assassina) é
viciante devido a uma escrita simples e acutilante, ainda que não ofereça muitos
rasgos de originalidade em termos de conteúdo. A saga Archie Sheridan &
Gretchen Lowell encontra-se já no sexto
volume (!), sendo que em português está publicado por cá apenas o primeiro.
Nota: esta crítica foi baseada na leitura da obra no seu idioma original, o inglês.
Sem comentários:
Enviar um comentário