domingo, 3 de junho de 2012

Charles Baudelaire «Le Spleen de Paris»


Se andássemos sempre ébrios, não seria assim tão mau, segundo o lema e um dos poemas de Charles Baudelaire: bêbados de poesia, de vinho, de virtude, mas todos bem alegres de espírito. Urge estar em contacto com o vento, com os pássaros e com as estrelas e deixar fruir a poesia com estes. 

Nascido em Paris num dos ventres da Poesia, a França de Henry Michaux, Arthur Rimbaud, Guillaume Apollinaire, etcétera, etcétera, Baudelaire dedicou uma vida de amor incondicional às letras e à inovação de uma poesia que o próprio acreditou precisar de alterações, daí que seja visto como um dos mais importantes poetas da corrente modernista e simbolista. 

Escrito em prosa poética, Le Spleen de Paris resulta de uma compilação de vários poemas publicados entre 1855 e 1867 e aborda algumas temáticas sociais, literárias e a busca pelo prazer. Charles Baudelaire, ele mesmo um espírito livre que só se satisfaz através da criação poética, faz algumas viagens interessantes e constrói poemas interessantes e empolgantes, mas a maioria dos textos não desperta emoções, deslumbres fortes, como seria de esperar.

O primeiro contacto com este autor não foi o mais empolgante, por assim dizer, daí que se esperem melhores sensações com As Flores do Mal.

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